Quantas vezes nós professores copiávamos objetivos sem saber o seu
verdadeiro significado?
E quando deparávamos com situações reais e que as atitudes que
deveríamos tomar, não tomávamos, por covardia ou porque realmente não
conhecíamos os nossos direitos, nós nos permitíamos que pessoas de cargos mais
elevados nos fizessem lavagem celebral. E lá estávamos nós sem nenhuma
concepção política, copiando objetivos para serem alcançados pelos alunos, a
exemplo desse: “compreender a cidadania com participação social e
política assim como exercício de deveres e direitos políticos,
civis e sociais, adotando no dia- a –dia, atitudes de solidariedade, cooperação
e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo
respeito”.Se copiar um desses objetivos, como se sente ou sentimos ao
estar nesse momento aceitando de olhos “abertos” as injustiças que a nós são
atribuídas? Você, eu e tantos que muitas vezes sofrem por não poder ver seu
alimento à mesa, por ver filhos e jovens não terem direito de inclusão a
sociedade tida como moderna e não poder cumprir com seus compromissos. E
tudo isso não por falta de capacidade e sim oportunidade, pois trabalhamos em
demasia sem sermos reconhecidos. Está na hora de ouvirem a nossa voz nos
movimentos sindicalistas, e porque não dizer-É hora de greve!
Lembremos que o presidente do Brasil foi um dos maiores líderes de
movimentos sindicalistas e que também nossa covardia só fortalece a classe
dominante e somente o desrespeito para com nós mesmos! Pensemos que as vezes os
mais sólidos pedestais desmoronam e que talvez a melhor solda não os fazem
erguerem. Nós que estamos dentro da sala de aula segurando a massa, deveríamos
ir às ruas reinvidicar os nossos tão sonhados direitos. Procuremos refletir
sobre a palavra “educador” e sobre os objetivos “legais”
Perguntemos a nós mesmas em relação às falas que justificam nossa luta
com a fome e a carência dos alunos. Pensemos nas vozes – e se não fosse o
professor para manter os cargos dando tudo de si, onde estariam os cargos
maiores? Reflitamos “a luta é nossa! Está na nossa coragem!”. Que tentemos e
juntemos aos nossos colegas que sofrem tanto quanto, as nossas mágoas, nossos
desencantos, mais também vibram as nossas vitórias!
Saibamos que quem deve ter medo da classe unida são os chefes do poder
público, e não nós deles!
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